
Em 2015, morreu Jules Bianchi, que estava em coma desde o acidente que sofreu no Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1 em 2014. Justin Wilson morreu depois de um grave acidente na Fórmula Indy no último domingo (23) após ser atingido por uma peça do carro de Sage Karam que voou após ele bater.
Agora, a Federação Internacional do Automobilismo vai testar o cockpit fechado nos carros de Fórmula 1 neste ano. Mas o dispositivo é mesmo eficiente? Vai atrair novos fãs? Vai afastar ainda mais os fãs atuais?
Todos estão tentando imaginar como ficariam os carros de Fórmula 1 com o cockpit coberto, mas todos são com designs muito futuristas. Encontrei na internet o melhor projeto do cockpit fechado.
Mas, por um lado pode ser mais seguro, por outro vai tirar a essência da categoria. Os icônicos capacetes dos pilotos ficaram mais difíceis de serem visualizados e algumas cenas que fizeram e fazem a história do automobilismo deixariam de serem vistas, como o piloto carregando a bandeira de se seu país ou o braço esticado para cima comemorando um bom resultado:
Deve-se pensar também na agilidade com que o piloto deixaria o carro em caso de incêndio, por exemplo. Em alguns casos de batidas, seria difícil ou impossível deixar o carro sozinho, considerando que a proteção abra para a frente. Se o carro batesse e a parte da frente ficasse presa no meio da barreira de pneus, por exemplo, o piloto conseguiria sair?
Claro que muitos fãs da Fórmula 1 ou da Fórmula Indy ficariam insatisfeitos com esta mudança, mas por outro lado atrairia um povo mais jovem para acompanhá-las, que é algo que deve ser buscado, sempre conquistando o público jovem.
Mas não basta pensar apenas na segurança do piloto e esquecer os espectadores que acompanham a corrida. Com o cockpit fechado, uma peça que se chocasse no dispositivo poderia ser projetada e atingir o público que acompanha as provas, por isso deve ser um material que não proporcione tal ação.
Talvez a proteção não seria o suficiente para salvar Bianchi, uma vez que a desaceleração brusca motivou a morte, mas poderia ter evitado a morte de Wilson. Poderia também ter livrado Felipe Massa da mola que atingiu sua cabeça em 2009.
É preciso ter cuidado para que os carros de fórmula não se transformem em carros de Le Mans. Mas se cobrir a cabeça do piloto é a única solução, a proteção deveria ser o mais transparente possível, para mostrar (mesmo que todos saibam) que o piloto continua ali. Segurança em primeiro lugar.
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